3° Conferência Municipal LGBT debate políticas públicas com recorde de público

Mais de 400 pessoas estiveram presentes na 3° Conferência Municipal LGBT realizada pela Prefeitura de São Paulo, por meio do Conselho e da Coordenação Municipal de Políticas LGBT, ambos vinculados à Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania. Foi o maior público registrado desde a primeira edição.

O evento aconteceu nos dias 4 e 5 de março e reuniu sociedade civil, autoridades do poder público e ativistas LGBTs para debater as propostas que deverão nortear a elaboração do próximo Plano de Metas e do Plano Plurianual.

Durante a abertura da conferência, na noite da última sexta-feira (4), o evento reuniu autoridades como Rogério Sotilli, secretário de Direitos Humanos da Presidência da República; Eduardo Suplicy, secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania; Luciana Temer, secretária de Assistência e Desenvolvimento Social; Dulce Xavier, secretária adjunta de Políticas para Mulheres; Juliana Cardoso, vereadora (PT);Toninho Vespolli, vereador (PSOL); Carlos Magno, presidente da ABLGBT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) e Rafaeli West, representante da RedeTrans.

De acordo com Sotilli, é extremamente necessário promover o respeito à diversidade.  “A conferência está acontecendo em um momento muito importante de participação social no Brasil. Não existe direitos humanos sem democracia”, afirma o secretário.

Elaboração de propostas

No sábado (05), a conferência discutiu em seis grupos de trabalho os eixos temáticos, entre eles Segurança Pública; Participação Social e Sistema Nacional LGBT; Educação, Cultura e Comunicação em Direitos Humanos e Defesa dos Direitos Humanos da População LGBT.

Um dos assuntos destacados pelo grupo de Cultura e Comunicação foi a necessidade de investir e obter visibilidade para artistas LGBT em festivais, como a virada cultural, disponibilizando cota e porcentagem para esses artistas. “É interessante pensar em grandes produções com a temática LGBT e para esse público, pensar em alcançar o fomento nacional e municipal e apresentar essas produções em grandes cinemas”, disse Natalia Ribeiro, lésbica, militante e participante da Marcha Mundial das Mulheres.

A Conferência Municipal LGBT também elegeu 62 delegadas e delegados, entre representantes da sociedade civil e poder público. São lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais que representarão a cidade de São Paulo nas etapas estadual, que acontece nos dias 19 e 20 de março, e nacional, prevista para o mês de abril.

Para Alessandro Melchior, coordenador de Politicas para LGBT, o maior êxito foi o alcance de participantes que o evento abrangeu ao diálogo. “Realizamos a Conferência Municipal LGBT com o maior número de participantes da história, nossa principal conquista nesse cenário. E ao mesmo tempo a conferência com o maior número de travestis e transexuais proporcional ao número de participantes, isso mostra que São Paulo está construindo não só uma cidadania LGBT, mas também uma cidadania trans, e isso é muito importante”, acentuou._DSC0503face

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